domingo, 21 de novembro de 2010


A RELAÇÃO ENTRE A LITERATURA INFANTIL E A ESCOLA.

A relação entre a literatura infantil e a escola e forte desde o inicio até hoje, diversos estudiosos defendem o uso do livro infantil em sala de aula. Atualmente o objetivo não é mais transmitir os valores da sociedade e sim propiciar uma nova visão da realidade social, através da literatura infantil.

A literatura infantil é destinada especialmente às crianças entre dois e dez anos de idade. O conteúdo de uma obra infantil precisa ser de fácil entendimento pela criança que lê, seja por si mesma, ou com a ajuda de outra pessoa adulta. Além disso, precisa ser interessante e acima de tudo, estimular a criança. É no encontro com qualquer forma de literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou, enriquecer sua própria vida.

Todos os educadores reclamam muito, atualmente contra o crescimento desinteresse dos estudantes de todos os graus pela leitura. Muitas e diferentes razões são apontadas para o fato: descuido familiar, decadência do ensino, excesso de facilidades na vida escolar, apelos sociais como muitas formas de diversão etc (CUNHA, 1991, p. 9).

Os educadores se vêem diante de um grande problema, ele está consciente do compromisso que tem, de iniciar os seus alunos pelos caminhos da leitura, pelo mundo das palavras; e sabe também que da qualidade do seu trabalho é que depende o sucesso da formação do gosto pela leitura na criança. Por outro lado, sente-se despreparado, pois os cursos de formação de professores não tratam da leitura e nem da formação de leitores.

Estamos diante de um fracasso escolar quando nos referimos à leitura; a perda de interesse é encontrada em todos os ambientes escolares e cabe a nós educadores, resgatar o gosto pela leitura. O gostar de ler não tem nada a ver com herança genética ou biológica; ninguém nasce gostando de leitura, aprendemos a gostar de ler e essa aprendizagem é cultural, o modo de abordar a leitura é o grande diferencial para os pequenos leitores.

Segundo Bamberger (1977, p. 31) “um bom leitor não somente encontra prazer nos livros, mas também pode pensar melhor e aprender melhor” o ato de ler constitui a forma pela qual é possível compreender melhor o mundo, entender os fatos e se posicionar diante deles. Sabemos, pois, que a leitura leva ao conhecimento das letras, que, por sua vez, formam as palavras, que formam os textos e nos levam ao mundo do conhecimento e do saber sistematizado.

Para que a criança sinta gosto em ler é necessário que a leitura a atinja, seja uma leitura instigante, provocativa, que ofereça a possibilidade de fazer ver o novo, proporcionando o prazer da descoberta. A leitura, não deve se limitar à obrigação de ler, por ler, a escola deve criar condições para que o pequeno leitor tenha gosto e prazer pela leitura que esteja fazendo.

Para Cunha (1991, p. 47) “seria, pois, muito importante que a escola procurasse desenvolver no aluno formas ativas de lazer, aquelas que tornam o indivíduo crítico e criativo, mais consciente e produtivo. A literatura teria papel relevante nesse aspecto” à literatura infantil tem uma magia e um encantamento que são capazes de despertar no leitor a criatividade, criticidade, sem contar o prazer de ler. É preciso que os educadores despertem no aluno a curiosidade e o desejo de ler, de prender-se a leitura, a saboreá-la e não apenas ler, decifrando códigos.

Todo entusiasmo do aluno vai se acabando, quando a leitura é apenas um ato obrigatório, a chamada “leitura-dever”, pode não ser a única causa; mas inserir uma leitura não desejada, mas obrigatória ao aluno e ainda assim sem estimulá-lo vai desgastando o seu gosto, o seu prazer de ler.

A leitura prazerosa e ideal, para crianças, é aquela capaz de provocar o riso, a emoção e a empatia com a história, fazendo o pequeno leitor voltar mais vezes ao texto para sentir como ele é emocionante. A leitura que permite o pequeno leitor a viajar no mundo dos sonhos, das fantasias e da imaginação; é um exercício para a vida adulta, e uma forte contribuição na formação da personalidade e do caráter da criança.

GISLENE F. D. PESERICO - 2007



Nenhum comentário:

Postar um comentário