segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Cartomante

HAMLET observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que

sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao

moço Camilo (seu amante), numa segunda-feira de janeiro de 2011, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.

__ Podi ta risada, e taí, os hómens são tudu iqual não acreditam em nada do que a chente fala. Du zabe que ela ativinhou tudu que eu queria sapê ântes que eu tissesse pra ela. Até me tisse que eu tinha medu de te perte, mas que isso nom era vertade.

— Mais claro que ela erro Rita! Interrompeu Camilo, rindo.

— Nom tiz isso, Camilo. Se tu supece, ah tu nom tizia isso. Enton para te ta risada te mim.

Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Disse:

__ Ah! Rita quando tu tem alguma tuvida pur que tu nom vem fala cumigo, onde já se vio tu anda caminhandu no meio das casa dos otros, dos pares e podegas. Vilela podi fica sapendo, afinal ele é seu maritu, ...

__ Mais como ele ia saper isso? Si eu cuitei antes te entra na casa tela.

— Aonde é a casa? Disse Camilo.

— Ali perto, ta Muniz Ferraz; nom crusava ninquém neste lucar.

Camilo riu outra vez:

— Tu acrêtita mesmo nisso, né Rita? perguntou.

Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse:

__ Sape ah mais mistérios entre o céu e a tera que tu imachina.

__ Eu tampem quando criança acretitava nisso Rita, minha mama me tizia muita coisa, mais depois eu vi que aquilo nom era ferdade e parei de agreditar nisso, tudo é uma pôpagem, vamo esquece tudo isso? Disse Camilo.

Separaram-se contentes, ele ainda mais que ela. Rita estava certa de ser

amada; Camilo, não só o estava, mas via-a estremecer e arriscar-se por ele,

correr às cartomantes, e, por mais que a repreendesse, não podia deixar de

sentir-se lisonjeado. A casa do encontro era na antiga Rua da Avenida Concordia, onde morava uma amiga de Rita. Esta subiu pela Rua da Cooperativa, na direção da rua Marechal Deodoro onde residia; Camilo desceu pela mesma, olhando de passagem para a casa da cartomante.

Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação

das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Vilela

seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo público, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo

preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público. No

princípio de 2000, voltou Vilela da cidade, onde casara com Rita uma mulher loira, magra, graciosa e tonta; abandonou o bacharelado e veio abrir banca de advogado.

Camilo arranjou-lhe casa para os lados da Avenida Paraiso, e foi recebê-lo na rodoviária. Rita foi a primeira a descer do ônibus e disse:

— Ah é tu? estendendo-lhe a mão. Tu nom zabe como Vilela é teu amigom, falava sempre te ti.

Camilo e Vilela olharam-se com ternura. Eram amigos de muitos anos. Em pensamento Camilo confessou, “a espossa de Vilela é mesmo uma marafilha, é muito poa mesmo como ele tizia nas cartas, nem ta pra tizer que é um pouco mais felha que eu e Vilela é uma formossura”.

Entretanto, o porte grave de Vilela fazia-o parecer mais velho que a mulher,

enquanto Camilo era um ingênuo na vida moral e prática. Faltava-lhe tanto a

ação do tempo, como os óculos de cristal, que a natureza põe no berço de

alguns para adiantar os anos. Nem experiência, nem intuição. Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade. Pouco depois morreu a mãe de Camilo, e os dois mostraram-se grandes amigos dele.

___ Meu amigom tu pote techa que cuido te tudu pra ti, do entero ta tua mama e do infentário, nom te preocupa. Disse Vilela.

___ Nom, nom, nom poprezinho , perter a mãe assim, isso é muito ruim. Disse Rita com ar de piedade.

Rita e Vilela unidos para ajudar Camilo. Como chegaram ao amor, não o soube ele nunca. A verdade é que gostava de passar as horas ao lado dela, era a sua enfermeira moral, quase uma irmã, mas principalmente era mulher e bonita. Cheiro de mulher: eis o que ele aspirava nela, e em volta dela, para incorporá-lo em si próprio. Liam os mesmos livros, iam juntos a cultos, bailes e passeios. Camilo ensinou-lhes a jogar canastra e bochas e jogavam às noites; — ela mal, — Camilo, para lhe ser agradável, pouco menos mal.

___ Ho, eu erei te novo, que coisa. Disse Rita em um jogo de bochas.

___ Nom te preocupa Rita esse chogo é assim mesmo eu também fui muito ruim. Disse Camilo.

E assim a amizade entre Rita e Camilo passou a crescer mais que o normal entre dois amigos. Até que chegou o dia do aniversário de Vilela todos estavam muito felizes.

__ Nossa Camilo tu sape que dia é hoche? Disse Rita.

__ Mais claro que sei é o aniversário do meu amigom e tu sape Rita que comprei até um psecente pra ele, um copo térmico para potar choop, e tu o que fai ta?

__ Há Camilo, eu vou tar um cartom pra ele, é tom punito. Disse Rita já com segundas intenções. Já na casa deles, Rita teve uma idéia fora do normal e tratou de colocá-la em prática dizendo:

__ O que foces axam da chente dar um passeio, nós três ia se tom punito.

Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma

serpente, foi-se acercando dele, envolveu-o todo, fez-lhe estalar os ossos

num espasmo, e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado.

__ Mas Rita isso é uma poca fergonha!

Vexame, sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura, mas a

batalha foi curta e a vitória delirante. Adeus, escrúpulos! Não tardou que o

sapato se acomodasse ao pé, e aí foram ambos, estrada fora, braços dados,

pisando folgadamente por cima de ervas e pedregulhos, sem padecer nada

mais que algumas saudades, quando estavam ausentes um do outro. A

confiança e estima de Vilela continuavam a ser as mesmas.

Um dia, porém, recebeu Camilo uma carta anônima, que dizia:

___ Cha sei de toda senvergonhice te focês, seu chaguarom.

Camilo teve medo, e, para desviar as suspeitas, começou a rarear as visitas à casa de Vilela. Este notou-lhe as ausências.

__ Mais o que aconteceu que tu nom fem mais na minha cassa Camilo? Disse Vilela.

__ Isso lóco fai passa é só uma paixom te atolecente que estou sentíndo. Disse Camilo.

As ausências prolongaram-se, e as visitas cessaram inteiramente. Pode ser que entrasse também nisso um pouco de amor-próprio, uma intenção de diminuir o sentimento de traição pelo melhor amigo.

__ Mais o que ta acontecendo, nom entendo fou procurar achuda. Disse Rita, desconfiada e medrosa, correu à cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. A cartomante restituiu-lhe a confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez. Correram ainda algumas semanas. Camilo recebeu mais duas ou três cartas anônimas, tão apaixonadas, que não podiam ser advertência da virtude, mas despeito de algum pretendente; tal foi a opinião de Rita, que, por outras palavras mal compostas, formulou este pensamento:

— A firtude é preguissossa e causa estraco, não casta tempo nem papel; só o interesse é atifo e prótico.

Nem por isso Camilo ficou mais sossegado; temia que o anônimo fosse fazer as suas cartas anônimas parar nas mãos de Vilela, e a catástrofe viria então sem remédio. Rita concordou que era possível.

— Pem, eu fou lefa os escritus pra fasse a comparaçom tas letras com as cartas que tão lá. Se por um acasso alcuma for icual eu quardu, i rascu ...

Nenhuma apareceu; mas daí a algum tempo Vilela começou a mostrar-se

sombrio, falando pouco, como desconfiado. Rita deu-se pressa em dizê-lo ao

outro, e sobre isso conversaram.

__ Eu achu que tu teve foltar a minha casa para fer o que meu maridu pença. Ele anda muito estranho. Disse Rita para Camilo.

__ Nom Rita isso seria imprutente te mais, chá faz muito tempo que nom fou mais a sua cassa. Isso nom!

Sendo assim combinaram os meios de se corresponderem, em caso de necessidade, e separaram-se com lágrimas. No dia seguinte, estando na repartição, recebeu Camilo este bilhete de Vilela: "Fem chá, chá, à nossa cassa; preciço fala contigo." Era mais de meio-dia. Camilo saiu logo; na rua, advertiu que teria sido mais natural chamá-lo ao escritório; por que em casa? Tudo indicava que algo novo estava por acontecer. Ele combinou todas essas cousas com a notícia da véspera.

— Tu fem pem lichero aqui em casa; presisso fala cum tigo, — repetia ele com

os olhos no papel. Imaginariamente, viu a ponta da orelha de um drama, Rita subjugada e lacrimosa, Vilela indignado, pegando a caneta e escrevendo o bilhete, certo de que ele acudiria, e esperando-o para matá-lo. Camilo estremeceu, tinha medo: depois sorriu amarelo, e em todo caso não queria recuar, e foi andando. De caminho, lembrou-se de ir a sua casa; podia achar

algum recado de Rita, que lhe explicasse tudo.

__Nom tem nata nem um recadu de Rita. Disse Camilo.

Voltou à rua, e a idéia de estarem descobertos parecia-lhe cada vez

Mais verdadeira; era natural uma denúncia anônima, até da própria pessoa

que o ameaçara antes; podia ser que Vilela conhecesse agora tudo. A mesma

suspensão das suas visitas, sem motivo aparente, apenas com um pretexto

fútil, viria confirmar o resto.

Camilo ia andando inquieto e nervoso. Não relia o bilhete, mas as

palavras estavam decoradas, diante dos olhos, fixas, ou então, — o que era

ainda pior, — eram-lhe murmuradas ao ouvido, com a própria voz de Vilela.

" Fem chá, chá, à nossa cassa; pressisso fala contigo." Ditas assim, pela

voz do outro, tinham um tom de mistério e ameaça. fem, chá, chá, para quê?

Era perto de uma hora da tarde. O movimento na rua crescia de minuto a minuto. Tanto imaginou o que se iria passar, que chegou a crê-lo e vê-lo.

Positivamente, tinha medo.

__ Eu potia lefa um pau, se ele me patê eu me tefendo. Hà que fergonha eu perçar isso a final ele é meu amigon eu fou encará e secha o que Teus quisé.

Chegou, entrou em um taxi e mandou seguir.

"Quantu ântes, melhor, pensou ele; nom posso esta azim...". O tempo

voava, e ele não tardaria a estar de frente com o perigo. Quase no fim da Rua Marechal Deodoro, o taxista teve de parar, a rua estava interrompida com os consertos realizados pela CORSAN nos encanamentos que haviam estourados. Camilo, em si mesmo, estimou o obstáculo, e esperou. No

fim de cinco minutos, reparou que ao lado, à esquerda, ao pé de flor amarela,

ficava a casa da cartomante, a quem Rita consultara uma vez, e nunca ele

desejou tanto crer na lição das cartas. Olhou, viu as janelas fechadas, quando

todas as outras estavam abertas e a rua estava cheia de curiosos que estavam ali para ver o que estava acontecendo.

Camilo reclinou-se no taxi, para não ver nada. A agitação dele era

grande, extraordinária, e do fundo das camadas morais emergiam alguns

fantasmas de outro tempo, as velhas crenças, as superstições antigas.

__ Quem sape vamos folta e ir por outra rua? Disse o taxista.

__ Nom, famos esperar. E inclinava-se para ver a casa... Depois

fez um gesto incrédulo: era a idéia de ouvir a cartomante, que lhe passava ao

longe, muito longe, com vastas asas cinzentas; desapareceu, reapareceu, e

tornou a esvair-se no cérebro; mas daí a pouco moveu outra vez as asas,

mais perto, fazendo uns giros concêntricos... Na rua, falavam alto os homens, atrapalhando o trânsito que ficou congestionado:

— Anta! acora! emburra! fai! fai! Secura o cano.

Daí a pouco estaria consertado o encanamento. Camilo fechava os olhos,

pensava em outras cousas: mas a voz do marido sussurrava-lhe as orelhas as

palavras da carta: "fem, chá, chá..." E ele via as contorções do drama e tremia.

A casa olhava para ele. As pernas queriam descer e entrar . Camilo achou-se

diante de um longo véu opaco... pensou rapidamente no inexplicável de

tantas cousas. A voz da mãe repetia-lhe uma porção de casos

extraordinários: e uma frase que nunca esqueceu: "Há mais cousas no céu e na terra do que sonha a filosofia... " Que perdia ele, se... ? Deu por si na calçada, ao pé da porta: disse ao taxista:

__ Espere ai um pouco que xá folto. E rápido se enfiou pela rua, e chegou na casa. Bateu. Não aparecendo ninguém, teve idéia de voltar; mas era

tarde, a curiosidade fustigava-lhe o sangue, as fontes latejavam-lhe; ele

tornou a bater uma, duas, três pancadas. Veio uma mulher; era a cartomante.

__ Quero fala contigu! E entraram na casa que tinha um aspécto sombrio e misterioso.

A cartomante pedio para Camilo sentar diante da mesa, e sentou-se do lado oposto, com as costas para a janela, de maneira que a pouca luz de fora batia em cheio no rosto de Camilo. Abriu uma gaveta e tirou um baralho de cartas compridas e enxovalhadas. Enquanto as embaralhava, rapidamente, olhava para ele, não de rosto, mas por baixo dos olhos. Era uma mulher de quarenta anos, alemã, branca, loira e gorda, com grandes olhos azuis. Voltou três cartas

sobre a mesa, e disse-lhe:

— Famos fer porque tu ta aqui daí, tu teve um crande susto...

Camilo, maravilhado, fez um gesto afirmativo.

— Tu sape que se pur um acassu te aconteser alcuma coisa ou nom ...

— Pra eu e pra ela, explicou vivamente ele. Disse Camilo.

A cartomante não sorriu: disse-lhe só que esperasse. Rápido pegou outra

vez das cartas e embaralhou-as, com os longos dedos grossos, de unhas

descuradas; embaralhou-as bem, transpôs os maços, uma, duas. três vezes;

depois começou a estendê-las. Camilo tinha os olhos nela curioso e ansioso.

— As cartas tizem-me...

Camilo inclinou-se para beber uma a uma as palavras. Então ela disse:

__ Nom tenha medu te nada, nada fai acontecer com ninguém, nom se preocupe tudu fai dar certo. O amor te vocês é muito punito e ela tampem ...

Camilo estava deslumbrado. A cartomante acabou, recolheu as cartas e fechou-as na gaveta.

— Tu sape que isso é tom pom na minha fida! Disse ele estendendo a mão por cima da mesa e apertando a da cartomante.

Esta levantou-se, rindo.

— Fai, disse ela; fai, Tu bist ain choene íon ...

E de pé, com o dedo indicador, tocou-lhe na testa. Camilo estremeceu,

como se fosse a mão da própria feiticeira, e levantou-se também. A cartomante

foi à cômoda, sobre a qual estava um prato com cachos de uva, tirou um cacho

destas, começou a despencá-las e comê-las, mostrando duas fileiras de

dentes que desmentiam as unhas. Nessa mesma ação comum, a mulher tinha

um ar particular. Camilo, ansioso por sair, não sabia como pagasse; ignorava

o preço.

— Uvas custam tinheiro, disse ele afínal, tírando a carteira. Guantos quilos tu fai mandar puscar?

— Percunte ao teu coraçõm, respondeu ela.

Camilo tirou uma nota de cem reais, e deu a ela. Os olhos da cartomante

fuzilaram. O preço usual era cinqüenta reais.

— Fejo que tu costa tela... E fez bom; ela costa muito de ti. Fai, tranqüilo. Cuitatu cum o sol; pota o chapéu...

A cartomante tinha já guardado a nota na algibeira, e descia com ele,

falando, com um sotaque carregado. Camilo despediu-se dela e caminhou até o taxi, enquanto a cartomante, alegre com o dinheiro que receberá, fechava a porta, cantarolando uma bandinha. Camilo achou o taxista esperando; a rua

estava livre. Entrou e seguiu até a casa do amigo. Tudo lhe parecia agora melhor, as outras cousas traziam outro aspecto, o céu estava límpido e as pessoas mais felizes nas ruas. Chegou a rir dos seus receios, que chamou de pensamentos infantis; recordou os termos da carta de Vilela e reconheceu que eram íntimos e familiares. Onde é que ele lhe descobrira a ameaça? Advertiu

também que eram urgentes, e que fizera mal em demorar-se tanto; podia ser

algum negócio grave e gravíssimo.

— Famos, famos depressa, repetia ele ao taxista.

Pensando em como, explicar a demora ao amigo, engenhou qualquer cousa;

parece que formou também o plano de aproveitar o incidente para tornar à

antiga assiduidade... De volta com os planos, reboavam-lhe na alma as

palavras da cartomante. Em verdade, ela adivinhara o objeto da consulta, o

estado dele, a existência de um terceiro; por que não adivinharia o resto? O

presente que se ignora vale o futuro. Era assim, lentas e contínuas, que as

velhas crenças do rapaz iam tornando ao de cima, e o mistério empolgava-o

com as unhas de ferro. Às vezes queria rir, e ria de si mesmo, algo vexado;

mas a mulher, as cartas, as palavras secas e afirmativas, a exortação:

— Fai, disse ela; fai, Tu bist ain choene íon...

A verdade é que o coração ia alegre e impaciente, pensando nas horas

felizes de outrora e nas que haviam de vir. Ao passar pela rua, Camilo estendeu os olhos para fora, e teve assim uma sensação do futuro, longo, longo, interminável. Daí a pouco chegou à casa de Vilela. Desceu do taxi, empurrou a porta do pátio e entrou. A casa estava silenciosa. Subiu os seis degraus de pedra, e mal teve tempo de bater, a porta abriu-se, e apareceu-lhe Vilela.

— Tesculpa, nom teu pra fir antes; Mas o que aconteceu aqui?

Vilela não lhe respondeu; tinha as feições decompostas; fez-lhe sinal, e

foram para uma saleta interior. Entrando, Camilo não pôde sufocar um grito

de terror:

Ai meu Teus o que aconteceu?

Ao fundo sobre o sofá, estava Rita morta e ensangüentada. Vilela pegou-o pela gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão.

FIM

Readaptação do texto de Machado de Assis “A Cartomante”, realizada pelas componentes do Blog: leituraesonho

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