quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO.

A escola é a instituição mais conhecida da nossa cultura, é um dos meios onde existe a possibilidade de desenvolver as nossas capacidades e potencialidades, mas para que isso aconteça, é necessário que ela tenha estrutura suficiente para conseguir a satisfação de necessidades interesses e aspirações, tanto do corpo docente quanto discente.

Vê-se que a responsabilidade social da escola e dos professores é muito grande, pois, cabe-lhes escolher qual concepção de vida e de sociedade deve ser trazida a consideração dos alunos e quais conteúdos e métodos lhes propiciam o domínio do conhecimento e da capacidade de raciocínio necessário a compreensão da realidade pratica na profissão, na política, nos movimentos sociais (LIBÂNEO, 1994, p. 22)

A escola deve ser considerada como meio para desenvolvimento do ser humano. O sistema escolar deve ser capaz de favorecer o desenvolvimento do aluno de maneira que ao fazê-lo esteja contribuindo com o aprimoramento dos grupos sociais. Os componentes fundamentais de uma escola são seus recursos humanos, alunos e professores, pois sem eles a escola perde seu sentido. Não basta ter uma boa infra-estrutura escolar, se quem nela trabalha não contribua de forma significativa para seu bom andamento. A importância da escola, depois da família, é fundamental, pois é nela que se deve dar continuidade á construção desse pequeno ser em formação o “aluno”.

O estabelecimento escolar é definido como um grupo de professores que assumem coletivamente a responsabilidade de desenvolver os dispositivos de ensino e aprendizagem, mais eficazes. A centralização tradicional nas disciplinas dá lugar a uma gestão integrada da escolaridade, dosa alunos em função de objetivos comuns, o que favorece o desenvolvimento de competências coletivas (THURLER, Mônica Gather, tradução WOLFF, Jeni 2001, p. 169)

A relação professor e aluno acontece quando há entre ambos a capacidade emocional de discutir suas competências, seus saberes com respeito, cordialidade e amizade. O resultado disto será o que há de fundamental em uma relação, o diálogo que é a palavra chave de uma relação entre professor e aluno. Na atualidade a relação professor aluno dentro das quatro paredes de uma sala de aula, às vezes torna-se difícil; por encontrarmos na sala de aula uma diversidade de comportamentos, de pensamentos e atitudes. Se o professor não tiver cumplicidade consigo mesmo, como buscar a cumplicidade com o aluno em uma sala de aula?

Para Morales tradução de Ribeiro (1999, p. 25): “O professor pode ensinar mais com o que é do que com aquilo que pretende ensinar, seu modo de fazer as coisas implica mensagens implícitas de efeitos que podem ser negativos ou positivos.”, só há cumplicidade se surgir o diálogo, ele tem que ser freqüente, insistente, consciente e responsável, para que dele surja o efeito desejado. Temos bons motivos para sermos otimistas na relação professor e aluno quando a mesma for embasada na sensibilidade, no diálogo, no controle emocional e no respeito mútuo. A relação professor aluno necessita de uma parceria sem limites pensando que têm um interesse comum, o processo ensino e aprendizagem. Para o sucesso deste é necessário que professor e aluno vivam num ambiente de reciprocidade, num espaço em que as relações fluam de forma saudável, amigável e respeitosa. Para que isto aconteça, seria conveniente que o professor conhecesse o contexto social, psicólogo, cognitivo e emocional do aluno, para assim compreender situações conflitantes, desgastantes e a baixa aprendizagem que por vezes ocorre.

Segundo Johann (1985, p. 38): “É também na capacidade de permanecer sereno e tranqüilo que está o segredo de um relacionamento humano equilibrado e amoroso.”, o professor precisa ter sensibilidade e competência para perceber que seus alunos possuem um potencial a ser explorado, mesmo que este não seja visível, porém ele existe. A relação professor e aluno devem estar amplamente ancorados na afetividade para que o potencial de seus alunos possa fluir de forma positiva.

A afetividade compreende as necessidades fundamentais como: amar e ser amado; proteger e ser protegido, ser aceito e acolhido. A afetividade é quem determina a atitude geral do ser humano diante de qualquer experiência vivencial, que promove os impulsos motivadores e inibidores, que percebe os fatos de maneira agradável ou sofrível, que confere uma disposição indiferente ou entusiasmada e que determina sentimentos, que oscilam entre dois pólos, a depressão e a euforia; que se manifesta no contato social, no relacionamento com a realidade e com as pessoas.

GISLENE F. D. PESERICO

2008


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